- A chuva, por si só, não é problema!
Diz a caneta trêmula de frio
e a vai riscando ao léu, cheia de brio,
estrofes desconexas neste tema.
E se fosse esta chuva o estratagema
que a musa rebanhou em algum desvio
e fê-lo demonstrar seu poderio,
querendo ser o núcleo do poema?
Se fosse!?...Mas não é.Na minha orelha,
a inércia me xinga (ou me aconselha):
- Compor? ... compor o quê, se estás vazio?
Lareira acessa...um bloco...o cafezinho...
um zero em pé...um cálice de vinho...
Diz a caneta trêmula de frio
e a vai riscando ao léu, cheia de brio,
estrofes desconexas neste tema.
E se fosse esta chuva o estratagema
que a musa rebanhou em algum desvio
e fê-lo demonstrar seu poderio,
querendo ser o núcleo do poema?
Se fosse!?...Mas não é.Na minha orelha,
a inércia me xinga (ou me aconselha):
- Compor? ... compor o quê, se estás vazio?
Lareira acessa...um bloco...o cafezinho...
um zero em pé...um cálice de vinho...
e a chuva segue o seu andar macio
Um comentário:
a autoria deste sonete é de miguel russowski
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